Numa longínqua estância
morava um rei cheio de arrogância.
Vivia sozinho em seu castelo
sem família, sem amigos, sem vizinhos.
Os moradores o temiam, pois sabiam,
que ele não tinha compaixão.
Sua satisfação, era fazer da estância,
um campo de concentração.
Obrigava as crianças a trabalharem na
carvoaria.
Durante todo o dia, não podiam brincar
nem cantar, só trabalhar.
Quebrava todos os brinquedos, rasgava
livros e partituras,
não gostava de música, nem de leitura.
Os moradores,não aguentavam tanta
ostentação,
viviam sobre pressão,choro,
escravidão e muita lamentação.
Natal nunca houve,
nem dia das mães,nem
dos pais;
todos os dias eram iguais !
Pois o rei não tinha alegria...Era só
melancolia!
Não acreditava em Deus, era um ateu!
Nunca deixara construir uma igreja,
e o povo vivia em profunda tristeza.
Porém, num belo dia, ao caminhar pela
estância,
esse rei cheio de arrogância, tropeçou
em uma pedra,
batendo a cabeça ao chão,perdendo a
noção de quem era.
Os moradores assustados ficaram.
Em suas casas se trancaram.
O silencio era geral.
Como aquele, nunca houve dia igual !
De repente,uma porta se abriu,uma
criança saiu
em direção ao rei,sem medo,sem pavor;
mostrando somente amor,carinho e
compaixão
por aquele rei, cheio de ambição.
Estendendo suas mãozinhas ajudou-o,
e o rei tão alegre ficou
que ao menino, beijou.
Todos atônitos ficaram,
pois
não esperavam
um agrado do rei.
E, a partir daquele dia,
todos viveram em harmonia.
Música se ouvia,alegria existia!
E o rei aprendeu a lição:
Que a maldade no coração
afasta as pessoas,trazendo solidão.
ELEN V. PELEGRINA.
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